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Sinner volta em Roma: o número 1 do mundo fala sobre pressão, superação e mira Paris


Jannik Sinner vai voltar ao circuito no ATP de Roma 2025
Foto: Giampiero Sposito

Jannik Sinner está de volta ao circuito. E o retorno do número 1 do mundo não poderia ser em palco mais apropriado: o Masters 1000 de Roma, diante de uma torcida que o idolatra e de toda a atenção do tênis mundial, que deseja rever o italiano em ação após três meses de suspensão por doping.


O clima é de expectativa máxima, mas Sinner, aos 23 anos, mostra maturidade e sinceridade ao falar sobre o momento: “Minhas expectativas para este torneio são muito baixas. Preciso jogar para saber qual é o meu nível e acho que isso vai acontecer aos poucos. Depois da primeira partida, vou dar uma olhada no meu tênis e ver como estou”.


O italiano, que não jogava desde a conquista do Australian Open em janeiro, ficou fora de toda a gira do Oriente Médio, do Sunshine Double (Indian Wells e Miami) e do início da temporada de saibro. Mesmo assim, manteve-se no topo do ranking, com 9.480 pontos, à frente de Alcaraz (8.580) e Djokovic (8.360), um feito que só reforça o tamanho do seu domínio recente no circuito.


“Para mim, o mais importante é a corrida de Turim e estou feliz por estar em uma boa posição”, destacou Sinner, que mesmo tendo perdido quase 75% da temporada, segue em quarto lugar na corrida para o ATP Finals.

O sorteio da chave não foi nada generoso. Sinner estreia direto na segunda rodada, contra Mariano Navone ou o jovem atleta da casa e wild card Federico Cina. Depois, pode encarar nomes como Alejandro Davidovich Fokina, Frances Tiafoe, Francisco Cerundolo, Casper Ruud, Ben Shelton, Matteo Berrettini, Taylor Fritz, Alex de Minaur, Tommy Paul, Andrey Rublev e, quem sabe, uma final contra Alexander Zverev, Carlos Alcaraz ou Lorenzo Musetti.


“Não estou aqui para vencer todo mundo, estou para me testar. Cada partida será difícil, o início de um novo torneio é sempre complicado. Preciso colocar na cabeça que é um adversário a cada dia, mas estou calmo, bem fisicamente e mentalmente”, acrescentou o italiano.

O contexto da volta é ainda mais dramático por conta da suspensão. Sinner aceitou a punição após testar positivo para Clostebol, substância proibida, e só não pegou uma pena maior porque colaborou com as investigações.


“No início, eu não queria, mas era tudo ou nada. Não foi fácil aceitar o acordo porque sei o que aconteceu, mas às vezes é preciso aceitar o melhor no pior momento possível. Estou muito feliz que acabou e que a sanção não tenha coincidido com nenhum Grand Slam”, revelou Sinner.



Sinner campeão do Australian Open
Sinner foi bicampeão do Australian Open no início do ano. Foto: Arquivo

Ele também admitiu: “Nos três meses em que fiquei afastado do circuito, aconteceram coisas fora do esporte que não foram fáceis, mas não me aprofundei no assunto. Estou muito feliz com a forma como lidamos com tudo, porque não foi fácil. Embora tenha recebido mensagens que me surpreenderam de alguns jogadores, não recebi nada de outros. Mas isso é normal. Todos querem vencer. Agora quero ir passo a passo e vou enfrentá-los em quadra”.


Durante o período afastado, Sinner buscou apoio na família e nos amigos. “Foi um momento difícil, mas necessário para me reencontrar. No início, tudo era muito confuso porque não sabia o que fazer com tanto tempo livre, mas percebi que é isso que é verdadeiramente importante para mim”, contou em entrevista à Sky Sport Itália.


Ele também revelou que não acompanhou o circuito: “Sinceramente, não acompanhei o circuito no início da proibição. Não assisti a Indian Wells ou Miami, apenas vi os resultados. Só depois em Madrid que passei a ver alguns jogadores que me interessavam”.


Mesmo com toda a pressão, Sinner mostra maturidade e humildade. “A melhor coisa de voltar será pisar em uma quadra de tênis novamente e rever as pessoas e os fãs. Mas a pior parte será a pressão e as dúvidas sobre meu nível em quadra. Mas não tenho medo de entrar em quadra. Estou muito feliz por estar aqui”, afirmou.

E completou: “O objetivo principal é Paris. Essas semanas vão me ajudar a ver que tipo de tênis estou jogando”.

O histórico recente de Sinner é impressionante: campeão do Australian Open 2024 e 2025, US Open 2024, ATP Finals 2024, quatro títulos de Masters 1000, bicampeão da Copa Davis (2023 e 2024) e primeiro italiano a alcançar o topo do ranking mundial.


Em 2024, Sinner teve 7 vitórias e nenhuma derrota antes da suspensão. Desde 2019, quando entrou no top 100, já soma 19 títulos de ATP, sendo três Grand Slams, e é o mais jovem a vencer cinco títulos desde Djokovic.


O retorno em Roma, porém, tem um sabor especial. O torneio é o último grande teste antes de Roland Garros e, para Sinner, representa a chance de reconquistar a confiança e mostrar que está pronto para seguir fazendo história.


“Crescendo na região montanhosa da Itália, aprendi que se você quer chegar ao topo de qualquer coisa, precisa trabalhar duro e ser destemido, mas também tem que mostrar muito respeito”, diz Sinner em seu site oficial.


A expectativa é de casa cheia no Foro Italico, com a torcida italiana pronta para empurrar seu ídolo. O tênis mundial para para assistir. O tênis italiano, então, nem se fala. Sinner está de volta. E o show, com certeza, está garantido.

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