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Sinner x Alcaraz: clássico moderno define final de Cincinnati nesta segunda

Atualizado: 18 de ago.

Quando Jannik Sinner e Carlos Alcaraz se cruzam em uma final, já não falamos apenas de um jogo, mas de um espetáculo que dita o rumo do circuito atual. Nesta segunda-feira, às 16h de Brasília, os dois melhores do mundo voltam à quadra para decidir o Masters 1000 de Cincinnati. É a quarta final seguida entre eles em 2025, sequência que só encontra paralelo na era Federer x Nadal.


Jannik Sinner e Carlos Alcaraz
Foto: Arquivo

O contexto da rivalidade

Sinner chega embalado pela conquista histórica em Wimbledon, onde venceu Alcaraz em quatro sets e entrou para a história como o primeiro italiano campeão na grama londrina. Antes, o espanhol havia levado a melhor nas decisões de Roma e Roland Garros. O retrospecto no confronto direto agora mostra vantagem de 8 a 5 para o número 1 do mundo, que vive sua melhor fase, especialmente sobre a quadra dura, onde sustenta 26 vitórias consecutivas.


Mais que números, há uma alternância simbólica em jogo: Alcaraz vinha dominando a série, Sinner alterou o equilíbrio em Londres. É dessa oscilação — vencido em um Slam, campeão no seguinte — que nasce a narrativa épica de uma rivalidade que já superou fronteiras do tênis e ganhou comparações históricas.


Como cada um chega à decisão

O espanhol fez uma rota mais acidentada em Cincinnati. Deixou sets contra Rublev, foi testado por Dzumhur e só deslanchou contra Zverev na semi, mesmo aproveitando-se das dificuldades físicas do alemão. Ainda assim, chegou à marca expressiva de 50 vitórias na temporada e está em sua sétima final seguida, um dado que fala por si.


Sinner, ao contrário, não perdeu sets: venceu Gabriel Diallo, Mannarino, Aliassime e depois Terence Atmane, que exigiu ajustes técnicos. O italiano mostrou variação de saque, ousou mais na rede e viu sua experiência pesar nos momentos decisivos. No papel, chega mais sólido e descansado.


Vozes dos protagonistas

Alcaraz descartou sentimentos de vingança pela derrota em Londres e preferiu destacar a motivação diante da rivalidade: “Estou realmente ansioso para jogar contra Jannik novamente. Graças a ele, eu extraio o melhor de mim. Elevamos o nível ao máximo e entregamos um tênis realmente bonito. Estou pronto para o desafio”.


O espanhol ainda reconheceu erros em Wimbledon e garantiu que trabalhou detalhes técnicos e mentais para Cincinnati: “Vou tentar aprimorar meu jogo mais um pouco para estar 100%. Mentalmente e taticamente, preciso estar perfeito”.


Sinner valorizou o desafio diante de Atmane e falou das mudanças necessárias na semifinal: “Foi um desafio muito duro. Precisei variar mais o saque e subir à rede, o que não faço com tanta frequência. Isso é algo que preciso trabalhar se quiser ser melhor”.


O que está em jogo

Além do troféu, Cincinnati pode balançar o ranking. Se repetir o título de 2024, Sinner manterá o topo garantido, mesmo depois do US Open. Se vencer, Alcaraz diminui a diferença para 1.890 pontos e entra em Flushing Meadows com a chance real de retomar o número 1.


A superfície também pesa: Sinner tem 17 de seus 20 títulos no piso duro, aproveitamento de 80%. Já Alcaraz, apesar de campeão de Slam e Masters no sintético, soma apenas seis de seus 21 troféus na superfície. Isso ajuda a explicar por que o italiano aparece como favorito.


O duelo

O saque, arma que ambos aprimoraram em 2025, deve ditar o ritmo. Sinner tem sido mais incisivo nas devoluções e sustentado trocas longas com incrível regularidade. Alcaraz conta com explosão, variação e criatividade para quebrar padrões e buscar soluções "fora da caixa".


É justamente desse contraste — consistência contra imaginação — que surge a magia. E é nisso que reside o fascínio do duelo, às vésperas do US Open: quem sair vencedor não leva apenas confiança, mas a aura de liderança moral de um circuito que, por enquanto, eles próprios monopolizam.


Prognóstico

Final marcada para uma atípica segunda-feira, num torneio de calendário expandido, e provavelmente em condições de calor intenso. Nada que incomode dois físicos privilegiados. O cenário é de equilíbrio, mas os sinais apontam: Sinner chega como favorito pela regularidade e pelo histórico recente. Ainda assim, se há alguém capaz de quebrar uma maré italiana na quadra dura, esse alguém é Carlos Alcaraz.



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