Stefani estreia com vitória nas duplas; Bia e Pigossi fazem duelo brasileiro no SP Open

A quarta-feira foi movimentada no SP Open, torneio WTA 250 realizado no Parque Villa-Lobos, em São Paulo. O público acompanhou vitórias importantes nas duplas, a eliminação da jovem promessa Nauhany “Naná” Silva, e já se prepara para o aguardado duelo brasileiro entre Beatriz Haddad Maia e Laura Pigossi, que acontece nesta quinta-feira.

Stefani estreia com vitória ao lado de Babos

Foto: João Pires/Fotojump

A estreia de Luísa Stefani na chave de duplas foi positiva. Jogando ao lado da húngara Timea Babos, sua parceira regular, elas confirmaram o favoritismo de principais cabeças de chave e derrotaram a britânica Alicia Barnett e a francesa Elixane Lechemia por 6/4 e 6/2.

Vindas de uma campanha até as quartas de final no US Open, Stefani e Babos têm como meta a classificação para o WTA Finals. Atualmente, ocupam o oitavo lugar na corrida para Riad, com títulos de WTA 500 conquistados em Linz e Estrasburgo.

Na próxima fase, elas enfrentam a argentina Solana Sierra e a mexicana Renata Zarazua, que superaram as ucranianas Maryna e Nadya Kolb por 7/6 (8-6), 1/6 e 10-8.

Pigossi e Ingrid avançam sem jogar

Outra boa notícia veio para o público local com a dupla formada por Laura Pigossi e Ingrid Martins, que já está na semifinal sem precisar entrar em quadra. A brasileira e sua parceira foram beneficiadas pela desistência da mexicana Victoria Rodriguez e da francesa Leolia Jeanjean, após Rodriguez sofrer uma lesão nas costas.

"Infelizmente não é a maneira como gostaríamos de ter avançado, mas faz parte do tênis. Desejo melhoras a ela pronta recuperação para ela. Agora vamos focar para busca a vaga na final desse incrível torneio incrível com ajuda da torcida brasileira", disse Ingrid.

Elas aguardam a definição do confronto entre as cabeças 2, Emily Appleton (Grã-Bretanha) e Isabelle Haverlag (Holanda), e as vencedoras do duelo entre as norte-americanas Haley Giavara/Rasheeda McAdoo e a parceria de Tiantsoa Rajaonah (França) e Lian Tran (Holanda).

Clássico brasileiro agita as oitavas de final

O ponto alto da programação de quinta-feira será o encontro entre as duas principais jogadoras do país. Beatriz Haddad Maia, 27ª do mundo e principal favorita ao título, enfrenta Laura Pigossi, atual 193ª do ranking.

Bia leva ampla vantagem no retrospecto, com três vitórias em três jogos contra a compatriota. O mais recente confronto aconteceu em 2022, no WTA 125 de Saint-Malo, no saibro francês.

A vencedora enfrentará nas quartas quem passar do duelo entre Renata Zarazua (cabeça 5) e a turca Berfu Cengiz, que abrem a rodada desta quinta às 15h.

Candiotto busca seguir embalo da estreia

Outra brasileira em ação será Ana Candiotto, de 21 anos. Após vencer sua primeira partida em torneio WTA na estreia, ela desafia a húngara Panna Udvardy, oitava cabeça de chave, às 17h30. Udvardy desistiu das duplas por desconforto na coxa, mas deve se preservar para atuar em simples.

Despedida de Naná Silva

A jovem sensação Nauhany Silva, de apenas 15 anos, se despediu do torneio após derrota para a argentina Solana Sierra, 82ª do ranking e cabeça 2, por 6/0 e 6/4.

Sierra, de 21 anos, vive grande fase na carreira, com destaque para sua campanha em Wimbledon, onde chegou às oitavas após entrar como lucky-loser. A argentina agora enfrenta a britânica Francesca Jones, que venceu a norte-americana Whitney Osuigwe por 6/4 e 7/6 (8-6).

Apesar da eliminação, Naná fez história ao se tornar a primeira jogadora nascida em 2010 a vencer uma partida de chave principal em torneio WTA, além de ser a primeira brasileira de 15 anos a avançar neste nível desde Mirra Andreeva.

Atualmente no 1.206º lugar, Naná ganhará mais de 400 posições no ranking com os 30 pontos conquistados pela vitória sobre Carol Meligeni.

Na partida contra Sierra, enfrentou dificuldades no saque (40% de aproveitamento de primeiros serviços) e foi quebrada três vezes na primeira parcial. Mais solta no segundo set e apoiada pela torcida, chegou a liderar por 4/3 e saque, mas não conseguiu sustentar a vantagem diante da consistência da rival.