Tenista é suspensa por quatro anos e critica duramente o sistema antidoping: “Está quebrado”

A tenista britânica Tara Moore, de 32 anos, foi suspensa por quatro anos após decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS), que acatou o recurso da Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA). Ex-número 145 do mundo em simples e 77 nas duplas, Moore usou as redes sociais para fazer duras críticas ao sistema antidoping e afirmou estar sendo injustiçada.

Tara Moore (Foto: Jimmie48/WTA)

“Ser inocente e ter que provar isso é um processo incrivelmente extenuante. Se você é inocente, não sabe imediatamente e tem que se lembrar de tudo o que fez e eliminar tudo o que não poderia ter sido, até finalmente encontrar aquele ‘algo’ que possivelmente contém a resposta”, escreveu Moore, que havia sido inicialmente inocentada em 2022 de uma acusação de doping.

A jogadora britânica declarou ainda que, mesmo diante da suspeita, já era tratada como culpada:

“Mas mesmo nesse momento, você é presumida culpada e tem que lutar pela sua vida contra alguém que tem muito mais dinheiro e recursos do que você. Os últimos três anos e meio me destruíram em muitos aspectos. Minha família e amigos conseguiram juntar os cacos e juntá-los, formando uma pessoa completamente diferente. Não preciso de um júri para me dizer que sou inocente.”

Moore também criticou diretamente as autoridades antidoping por tirarem sua oportunidade de continuar competindo:

“Talvez eles tenham tirado minha luta na quadra, mas esta batalha ainda não acabou. Nem para mim, nem para muitos outros que possam estar nesta situação.”

Em tom firme, ela concluiu sua mensagem com um apelo por mudanças:

“O sistema antidoping está quebrado, eu sou a melhor prova disso. Temos que consertá-lo. Não por minha causa, porque é tarde demais, mas pelos futuros jogadores que se encontrarem nesta situação lamentável. Terei muito mais a dizer quando chegar a hora.”

A suspensão imposta pelo CAS representa um dos casos recentes mais controversos no tênis em relação à aplicação das normas antidoping, com repercussão internacional não apenas pelo tempo da pena, mas também pelas declarações públicas da atleta. Moore ainda não confirmou se pretende recorrer da decisão ou buscar outras vias judiciais.

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