Brasil fatura três títulos e um vice em domingo especial para o tênis nacional
- Raphael Favilla

- 15 de jun.
- 3 min de leitura
O tênis brasileiro viveu um domingo especial, com três conquistas internacionais e um vice-campeonato que demonstram a boa fase da modalidade no país. João Lucas Reis, Ingrid Martins e Victória Barros protagonizaram um dia de conquistas, levando o nome do Brasil ao topo em torneios disputados na Argentina, Itália e Alemanha.
João Lucas Reis conquista seu primeiro Challenger em Santa Fé

O pernambucano João Lucas Reis, de 25 anos, foi o grande destaque do domingo ao conquistar seu primeiro título de Challenger. Em Santa Fé, na Argentina, ele derrotou o cabeça de chave número 7, o atleta da casa Lautaro Midon, de 21 anos, por 6/4 e 6/3, após 1h25 de partida.
"Lutei muito por esse (troféu) e que bom que veio o resultado na hora certa. Muito feliz! Agradeço à minha família por todo o apoio de sempre, aos meus patrocinadores, e à minha equipe da Tennis Route por nunca deixar de acreditar em mim e me ajudar a enxergar o caminho todos os dias. Seguimos que a estrada é longa", escreveu Reis em sua página no Instagram.
A conquista representa um marco na carreira do pernambucano, que vinha de 10 vitórias consecutivas (ele foi campeão na semana passada do M25 de Coquimbo, no Chile). Durante a campanha em Santa Fé, ele derrubou três argentinos: Mariano Kestelboim na segunda rodada, o terceiro favorito Andrea Collarini na semifinal e Midon na decisão.
Ocupando atualmente a 313ª colocação, Reis voltará ao top 300 subindo para a 266ª posição na próxima segunda-feira, aproximando-se de sua melhor marca no ranking (259º posto em maio de 2023).
Neste ano, o pernambucano soma 32 vitórias em todos os níveis e está saltando para o 163º lugar na corrida da temporada, sendo o quarto melhor do país em 2025. O título em Santa Fé é o quinto da carreira de Reis.
Ingrid Martins confirma favoritismo na Itália
A carioca Ingrid Martins, de 28 anos, ao lado da norte-americana Quinn Gleason, conquistou o título de duplas do WTA 125 de Grado, na Itália. As duas venceram a eslovena Veronika Erjavec e a tcheca Dominika Salkova por 6/3, 5/7 e 10-5, em uma final emocionante.
A dupla dominou o primeiro set, chegou a abrir 2/0 e 3/1 na segunda parcial, mas cedeu o empate e perdeu três games consecutivos após ter um match-point com 5/4. No match-tiebreak, Ingrid e Gleason se impuseram desde o início, abrindo 4-0 e 5-1, para depois fecharem a partida.
"Muito feliz com essa conquista, foi suado, lutado, faz parte. Agora é ver o lado positivo, ver o que precisamos melhorar para os próximos. Feliz com a forma como lutamos, as adversidades, estava quente e úmido", comemorou Ingrid.
Com o título, a carioca recupera oito posições no ranking de duplas e deve reaparecer no 81º lugar. Ingrid já conquistou dois troféus de nível 250 (Bad-Homburg 2023 e Mérida 2024, ambos com Gleason) e na série 125 tem conquistas em Montevidéu (2022, com Luísa Stefani) e Montreaux (2024).
Victória Barros faz história na Alemanha
A potiguar Victória Barros, de apenas 15 anos, conquistou o maior título de sua carreira juvenil ao vencer o ITF J300 de Bamberg, na Alemanha. Na final, ela superou a alemã Eva Bennemann, dois anos mais velha e 36ª do ranking juvenil, com parciais de 1/6, 6/4 e 6/3, completando sua terceira virada consecutiva no torneio.
Principal cabeça de chave do torneio, Victória havia virado a partida de quartas de final contra a tcheca Veronika Sekerkova (4/6, 6/2 e 6/2) e na semifinal superou a local Victoria Pohle, cabeça 7, por 3/6, 6/1 e 7/6 (7-4).
Esta foi a primeira final da temporada para a tenista baseada na França. Com os 300 pontos somados no saibro alemão, ela deverá avançar três posições e alcançar um inédito top 20 juvenil, saindo do atual 23º lugar. Victória ganhou quatro torneios em 2023, sendo o maior no J100 de Dubrovnik, e neste ano também disputou outras três semifinais, com destaque para o J500 de Offenbach.
Carolina Meligeni fica com o vice na República Tcheca
Carolina Meligeni Alves ficou com o vice-campeonato no W75 de Ceska Lipa, na República Tcheca, após ser superada de virada pela jovem tcheca Laura Samson, de apenas 17 anos, por 2/6, 6/2 e 6/3.
A paulista, cabeça de chave 6, até saiu na frente vencendo o primeiro set, mas não conseguiu sustentar a vantagem diante da promissora adversária, que ocupa a 347ª colocação na WTA e dá seus primeiros passos no circuito profissional. No juvenil, Samson foi número 1 do mundo, vice-campeã de Roland Garros (2024) e semifinalista do US Open (2023).
Apesar da derrota, Carol leva 49 pontos por alcançar a decisão e mantém sua boa fase na temporada, onde já conquistou sua taça mais importante no W35 de Buenos Aires. A paulista, dona de oito títulos de simples como profissional, segue em busca de sua primeira conquista em nível W75.
.png)


.png)




Comentários