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Ingrid Treteski: a gaúcha que superou dores e transformou sua vida no esporte

Aos 67 anos, Ingrid Treteski é um exemplo de superação e determinação. Natural do Rio Grande do Sul, ela é uma atleta ativa no circuito master da ITF (Federação Internacional de Tênis), competindo em simples, duplas e duplas mistas, tanto no Brasil quanto em torneios internacionais. Mas o que torna sua história ainda mais inspiradora é o caminho que percorreu para superar limitações físicas e voltar a viver plenamente.


Ingrid Treteski: a gaúcha que superou dores e transformou sua vida no esporte

O início no esporte e a primeira lesão

Ingrid começou sua trajetória esportiva no vôlei, esporte que praticou por muitos anos. "Eu comecei jogando vôlei, fui jogadora por muito tempo. Quando entrei no primeiro ano da faculdade de Educação Física, me machuquei, lesionei o joelho e rompi os meniscos", relembra.


Durante essa lesão, aos 20 anos, passou por um procedimento que hoje seria considerado radical. "Naquela época, os médicos tiravam todo o menisco, porque não existia artroscopia. Tiraram os dois meniscos do meu joelho esquerdo, o interno e o externo. Na verdade, só um estava rompido, mas o outro foi retirado inteiro", conta.


Apesar disso, Ingrid continuou jogando vôlei e, surpreendentemente, passou 30 anos sem sentir dores significativas. "Os joelhos não me incomodaram por 30 anos, até eu completar 50 anos. Nada, absolutamente nada", enfatiza.


A transição para o tênis e os primeiros sinais de desgaste

Aos 40 anos, Ingrid trocou o vôlei pelo tênis, esporte que rapidamente se tornou sua paixão. "Comecei a jogar tênis com 40 e poucos anos, depois de parar com o vôlei", explica. No entanto, aos 50 anos, os problemas no joelho começaram a aparecer.


"Aos 50, o joelho começou a incomodar. As pernas começaram a arquear, formando um arco para fora", descreve Ingrid. O desgaste causado pela ausência dos meniscos resultou em dores constantes, mas ela não desistiu de competir.


"Por volta dos 55 anos, comecei a jogar torneios da ITF. Adorei e jogava todos os torneios que podia. Mas, a cada ano, o joelho piorava", relata. Para continuar nas quadras, recorria a medicamentos. "Comecei a usar muito anti-inflamatório e injeções de corticoide direto no joelho. Fazia isso antes de cada torneio, porque tinha medo da cirurgia."


A decisão pela cirurgia e a tecnologia robótica

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O histórico familiar também pesava em suas decisões. "Meu pai e minha mãe também fizeram próteses de joelho. Minha mãe fez nos dois joelhos, e meu pai fez um com 81 anos. Não sei se é hereditário", pondera.


A virada na vida de Ingrid aconteceu quando ela descobriu novas possibilidades médicas. "Vi uma reportagem sobre cirurgia de prótese de joelho assistida por robótica. Um amigo meu fez e ficou maravilhado. Outra amiga também. Eles estavam muito bem", conta.


A decisão não foi fácil, mas tornou-se inevitável. "Antes da cirurgia, levei meus netos para a Disney e não conseguia caminhar com eles. Não queria usar cadeira de rodas, e foi ali que decidi que era hora de operar", revela. "Tinha muita dor à noite, dormindo. Começou a prejudicar tudo: levantar do sofá, caminhar... Meu Deus, era terrível."


A recuperação surpreendente

Em abril de 2023, Ingrid realizou a primeira cirurgia no joelho direito. "Saí do hospital caminhando no mesmo dia, sem muletas, mas devagar. Em 24 horas, já estava caminhando ao redor do prédio", relembra com entusiasmo.


Seis meses depois, em novembro, foi a vez do joelho esquerdo. A recuperação foi igualmente impressionante. "Tive que caminhar muito. Com três meses de cirurgia, já estava fazendo aulas de tênis, começando com bolinhas na mão", explica.


"Quatro meses depois da primeira cirurgia, joguei o Mundial, ainda com medo", conta, demonstrando sua determinação. "Mas o deslocamento em quadra só melhorou de verdade no final de 2024, um ano após a segunda cirurgia. Agora, estou correndo em quadra sem dor."


Uma nova vida

Hoje, Ingrid se sente completamente renovada. "Não sinto mais nenhuma dor. Sou outra pessoa, completamente diferente", afirma com alegria. Além do tênis, ela ampliou suas atividades físicas.


"Faço até crossfit com personal trainer, com muito agachamento. Vou devagar, mas já consigo agachar bem e fortalecer as pernas", conta, orgulhosa de sua recuperação.


Sobre a tecnologia utilizada, Ingrid explica: "A cirurgia robótica é menos invasiva e a recuperação é mais rápida. Fiz prótese total nos dois joelhos e o resultado foi incrível."


Um exemplo de superação

Para quem enfrenta dores semelhantes, Ingrid deixa um conselho sincero: "Aconselho qualquer um que tem essa dor a fazer a cirurgia. Eu tinha muito medo, mas agora vejo que valeu a pena. Se você está preparado, não hesite."


Ingrid Treteski é a prova de que nunca é tarde para recomeçar e que, com coragem e determinação, é possível superar qualquer obstáculo. "Antes eu jogava daquele jeito, com dor, mas jogava. Agora jogo de verdade, com prazer e sem limitações. É como se eu tivesse renascido para o esporte", finaliza.

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