Stefani atinge melhor ranking da temporada e chega embalada para o WTA Finals

A paulista Luísa Stefani, número 1 do Brasil, vive uma das fases mais consistentes da carreira. No último domingo, ao lado da húngara Timea Babos, ela conquistou o título do WTA 500 de Tóquio, no Japão — último torneio antes do WTA Finals, que será disputado em Riad, na Arábia Saudita, com as oito melhores duplas do ano.

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Jogando no mesmo palco em que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2021, Stefani e Babos derrotaram Aleksandra Krunic e Anna Danilina por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/4. O troféu foi o 13º da carreira da brasileira e o quarto da temporada, todos ao lado da parceira húngara — além de Tóquio, as duas venceram os WTA 500 de Linz e Estrasburgo, e o WTA 250 de São Paulo.

“Fizemos uma grande final e jogamos bem do começo ao fim. Ganhamos todos os pontos decisivos e isso foi o diferencial hoje. Super feliz com mais uma semana especial em Tóquio — essas quadras e cidade têm um cantinho mais que especial no meu coração”, celebrou Stefani

Com o título, a dupla confirmou o embalo rumo ao WTA Finals, e a paulista destacou o momento: “Agora vamos aproveitar esse embalo pra chegar com tudo em Riad e fechar o ano juntas lá com chave de ouro.”

O melhor ranking desde 2023

O resultado em Tóquio teve impacto direto no ranking. Luísa Stefani apareceu nesta segunda-feira (27) no 16º lugar da lista de duplas da WTA, sua melhor posição desde julho do ano passado, quando figurou no 12º posto. A brasileira está logo atrás da parceira Timea Babos, e ambas seguem entre as principais candidatas no Finals.

Stefani deixou o top 20 em agosto de 2023 e terminou aquela temporada como número 28. Em fevereiro deste ano, chegou a cair para o 41º lugar, mas desde junho vem em trajetória ascendente. Esta é sua segunda semana consecutiva entre as 20 melhores.

A regularidade foi a chave de um ano de retomada. Em 2024, a paulista soma 40 vitórias e 20 derrotas, quatro títulos e US$ 469 mil em premiação, elevando o total de carreira para 13 troféus e mais de US$ 1,8 milhão conquistados. Classificada para o Finals, Stefani deve registrar seu segundo melhor ranking de fim de temporada, atrás apenas do 10º lugar obtido em 2021.

Entre as brasileiras, Beatriz Haddad Maia ocupa o 34º lugar, Ingrid Martins é a 67ª, Laura Pigossi a 87ª e Ana Candiotto aparece no 308º posto após subir 26 posições.

Estreia no WTA Finals

O sorteio dos grupos do WTA Finals definiu o caminho de Luísa Stefani e Timea Babos na chave de duplas. Em sua primeira participação no torneio, a brasileira integra o Grupo Liezel Huber, que conta com duas duplas campeãs de Grand Slam: a tcheca Katerina Siniakova e a norte-americana Taylor Townsend (campeãs do Australian Open), e a canadense Gabriela Dabrowski com a neozelandesa Erin Routliffe (vencedoras do US Open). A chave também inclui as jovens russas Mirra Andreeva e Diana Shnaider.

Aos 28 anos, Stefani repete o feito de Bia Haddad Maia, última brasileira a disputar o Finals, em 2022, ao lado da cazaque Anna Danilina. Naquela edição, elas caíram na fase de grupos, com uma vitória e duas derrotas em Fort Worth, nos Estados Unidos.

O Grupo Martina Navratilova é formado pelas italianas Sara Errani e Jasmine Paolini (campeãs olímpicas e de Roland Garros), pelas vencedoras de Wimbledon, Elise Mertens e Veronika Kudermetova, além das parcerias Su-Wei Hsieh/Jelena Ostapenko e Asia Muhammad/Demi Schuurs.

As partidas começam no dia 1º de novembro, e as semifinais e finais estão marcadas para o dia 8. As duas melhores duplas de cada grupo avançam, e o torneio distribuirá US$ 15,5 milhões em prêmios, sendo US$ 3,1 milhões destinados às duplas. Uma parceria campeã invicta pode faturar US$ 1,139 milhão e 1.500 pontos.