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Bia Haddad leva mais um “pneu”, desta vez em Roma

Bia Haddad levou um “pneu” em Roma. O quarto na atual temporada. Desta vez na estreia em Roma, 6/0, 6/3 para a tcheca Marie Bouzková, em apenas 1h14 de partida.


Beatriz Haddad Maia, a Bia Haddad perde mais uma
Foto: Getty Images

Para quem gosta de números, aí vai: seis quebras de saque sofridas, apenas seis pontos vencidos no primeiro set e uma atuação que misturou apatia, erros não forçados e uma falta de reação que assustou até quem já está calejado com as oscilações da brasileira. Se você piscou, perdeu. E, se não piscou, provavelmente ficou se perguntando: “O que está acontecendo com a Bia?”.


Até então, Bia jamais havia perdido para Bouzková em quatro confrontos. E, detalhe, três dessas vitórias tinham vindo no tiebreak do terceiro set. Ou seja, confronto duro, mas sempre com a brasileira levando a melhor.


Desta vez, não teve nem graça. Bouzková variou, subiu à rede, sacou bem e, principalmente, soube explorar a lentidão e a falta de confiança da número 22 do mundo. O primeiro set foi um atropelo: três quebras, nenhum game vencido, e uma Bia que parecia presa no próprio corpo.


No segundo set, até houve um lampejo. Games longos, uma quebra para cada lado, e a sensação de que a brasileira poderia, quem sabe, entrar no jogo. Mas bastou uma sequência de erros de forehand para Bouzková retomar o controle e fechar a conta. O placar final, 6/0 e 6/3, não deixa margem para dúvidas: foi domínio total da tcheca.


Nas redes sociais, o pessoal já começou a puxar comparações com a fase da Teliana Pereira pós-títulos, quando a confiança foi embora e nunca mais voltou. E, confesso, a lembrança faz sentido. Bia está em queda livre: já são 14 derrotas na temporada (em 17 partidas), várias delas em estreias, e uma coleção de “pneus” que faria inveja a qualquer borracharia. O saque, que já foi arma, virou dúvida. O mental, que já foi escudo, virou vidro fino. E, no saibro, cada erro pesa o dobro.


“É só fase ruim ou tem algo mais grave aí?”. Olha, não é só mental. O jogo da Bia está estagnado, as adversárias evoluíram, e ela parece sem respostas. O time técnico não muda, a postura em quadra é sempre a mesma – aquela falsa motivação, punho cerrado mesmo quando está levando uma surra. E, no circuito, ninguém tem pena. O bonde passa, e quem não embarca fica para trás.


Agora, Bia segue em Roma para jogar duplas ao lado da alemã Laura Siegemund. Mas, na chave de simples, a sensação é de que 2025 virou um filme repetido – e daqueles que a gente assiste torcendo para mudar o final, mas já sabe como termina.


O retrato da temporada: “pneus” e atropelos

Se você acha que o 6/0 em Roma foi um ponto fora da curva, prepare-se: o estoque de pneus está cheio. Em 2025, Bia já levou quatro “pneus” (sets perdidos por 6/0):


1º set vs Bouzková (Roma): 0/6

2º set vs Rybakina (Stuttgart): 0/6

2º set vs Townsend (Charleston): 0/6

2º set vs Putintseva (Miami): 0/6


E não para por aí. Os placares elásticos continuam:


Sets perdidos por 6/1:


2x contra Noskova (Australian Open)

1x contra Rybakina (Doha)


Sets perdidos por 6/2:


1x contra Rybakina (Doha)

1x contra Paolini (Dubai)

1x contra Townsend (Charleston)


Ou seja, além dos quatro “pneus”, Bia perdeu três sets por 6/1 e três sets por 6/2 em 2025. Para uma top 30, é um sinal de alerta piscando forte.


Próximos passos de Bia

Como já dito, a brasileira segue em Roma para disputar a chave de duplas. O próximo torneio de simples será o WTA 500 de Estrasburgo, entre 18 e 24 de maio, onde Bia fez quartas de final alcançadas em 2023.

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