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Exibição entre Sabalenka e Kyrgios gera debate e Muguruza relativiza comparações entre homens e mulheres

A anunciada partida de exibição entre Aryna Sabalenka e Nick Kyrgios, marcada para o dia 28 de dezembro, em Dubai, segue provocando reações no circuito e reacendendo o debate sobre as diferenças entre o tênis masculino e feminino. A mais recente voz a se manifestar foi a da espanhola Garbiñe Muguruza, ex-número 1 do mundo, que analisou o confronto em entrevista ao programa El Partidazo, da rádio Cope.


Garbiñe Muguruza
Foto: Jimmie48/WTA

Para Muguruza, o evento deve ser encarado exclusivamente como espetáculo. A espanhola foi direta ao afastar qualquer comparação histórica com a icônica “Batalha dos Sexos” entre Billie Jean King e Bobby Riggs, disputada em 1973. “É mais um espetáculo. Não tem nada a ver com a Batalha dos Sexos, com o que Billie Jean King versus Bobby Riggs representou. Aquilo foi incrível”, afirmou.


Segundo Muguruza, a exibição em Dubai não carrega peso esportivo ou simbólico semelhante ao duelo que marcou uma geração e ajudou a impulsionar o reconhecimento do tênis feminino. Para ela, o contexto atual é completamente diferente, tanto em termos de narrativa quanto de propósito.


A espanhola destacou que eventos desse tipo existem para gerar atenção, engajamento e entretenimento, sem necessariamente refletir uma disputa real de forças entre os circuitos da ATP e da WTA. Ainda assim, reconheceu que o confronto desperta curiosidade justamente por tocar em um tema sensível e recorrente no esporte.


Diferença física como fator determinante

Ao ser questionada sobre o aspecto esportivo da exibição, Muguruza foi contundente ao falar sobre as diferenças físicas entre homens e mulheres no alto rendimento. Campeã de Roland Garros em 2016 e de Wimbledon em 2017, ela afirmou que a superioridade masculina nesse aspecto é decisiva, mesmo em níveis muito abaixo da elite.


“Acho que até um juvenil me venceria quando eu era a número 1”, declarou, em uma frase que rapidamente repercutiu nas redes sociais e na imprensa especializada.

Para reforçar seu ponto, Muguruza recorreu a experiências pessoais vividas ao longo da carreira, especialmente nos treinos. “Já tive tantos parceiros de treino, e sempre que tinha que jogar um set de treino contra eles, acabava super frustrada. Como é possível que eu não consiga ganhar um set de alguém que nem sequer é um jogador profissional, alguém que é apenas um parceiro de treino?”, relatou.


Experiência no topo do ranking

Garbiñe Muguruza sabe do que fala. Em 2017, ela passou quatro semanas como número 1 do mundo, além de ter se consolidado como uma das grandes jogadoras de sua geração. Mesmo assim, afirma que nunca conseguiu equilibrar fisicamente confrontos com homens, ainda que em ambiente controlado de treino.


Para a espanhola, a diferença vai muito além da força bruta. “Não é só força. Fisicamente, os músculos, a resistência que um homem tem para jogar uma partida. Há tantas coisas envolvidas”, explicou.


Ela citou ainda exemplos do convívio familiar para ilustrar essa disparidade. “Eu tenho dois irmãos e nunca consegui vencê-los”, acrescentou, reforçando a naturalidade com que enxerga essa diferença.


Sabalenka e os limites do confronto

Ao comentar especificamente sobre Aryna Sabalenka, atual número 1 do mundo e uma das jogadoras mais potentes da história recente da WTA, Muguruza reconheceu as qualidades técnicas da bielorrussa, mas manteve sua análise realista.


“Um homem classificado em 1000º no ranking da ATP, ou mesmo sem ranking, pode ser muito superior a uma mulher que está entre as dez melhores”, avaliou. Em seguida, ponderou: “Aryna tem um saque muito potente, golpes muito potentes, mas se você entrar em trocas de bola longas, mais cedo ou mais tarde…”, disse, deixando implícita a dificuldade de sustentar fisicamente o confronto.



1 comentário

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Tatalo Osório
há uma hora
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Ótimo texto, reflete claramente um ponto de vista contundente importante.

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