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Federer critica homogeneidade das quadras no circuito e elogia rivalidade entre Alcaraz e Sinner

De volta à Laver Cup, realizada na semana passada em São Francisco, Roger Federer voltou a ser protagonista fora das quadras. O suíço, que se aposentou em 2022 mas segue sendo uma das vozes mais influentes do tênis, participou do podcast Serve with Andy Roddick e fez duras críticas à homogeneidade das superfícies no circuito atual, além de comentar sobre a rivalidade entre Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.


Roger Federer na Laver Cup
Foto: Laver Cup

Segundo Federer, a tendência de deixar as quadras cada vez mais lentas acaba prejudicando a diversidade de estilos e favorecendo jogadores mais consistentes em detrimento dos atacantes.


"Eu entendo os diretores de torneios que, seguindo instruções, tentam deixar as superfícies mais lentas. Isso coloca em desvantagem aqueles que precisam dar winners extraordinários para vencer caras como (Jannik) Sinner, enquanto que se a quadra for rápida, eles podem vencer com alguns bons golpes nos momentos certos", analisou.

O suíço argumentou ainda que as decisões comerciais influenciam no perfil das finais e até nos confrontos mais esperados:


"Os diretores dos torneios pensam: ‘Prefiro ter Sinner e Alcaraz na final’. De certa forma, isso funciona para o tênis. Na minha época, apenas 12 torneios realmente importavam, então todos jogavam em sua superfície favorita e às vezes nem se enfrentavam entre si", observou.

Para Federer, a padronização atual retira um dos grandes atrativos do esporte: a variedade de estilos e a adaptação às condições.


"As melhores partidas eram de atacante contra contra-atacante. Agora, porém, todos jogam de forma semelhante e isso ocorre porque os diretores de torneio permitiram que a velocidade das bolas e das quadras tornasse cada semana praticamente a mesma", criticou.
"Gostaríamos de ver Alcaraz ou Sinner nas quadras super rápidas e depois jogar a mesma partida nas quadras super lentas e ver a diferença", acrescentou.

Apesar das críticas, Federer deixou claro que suas observações não foram direcionadas a Sinner ou Alcaraz em particular. Pelo contrário: o suíço fez questão de elogiar os dois jovens, que hoje ocupam o topo do ranking da ATP e protagonizam uma das rivalidades mais vibrantes do tênis contemporâneo.


"Acho extraordinário para o tênis. Todos sabíamos que eles eram muito bons, mas provavelmente não esperávamos que dominassem tanto desde o início. Tenho que admitir que é realmente impressionante, mas também fantástico para o esporte. Ao mesmo tempo, me pergunto por quanto tempo conseguirão manter esse nível. Fazem parecer fácil, mas eu já passei por isso e a verdade é que é difícil", finalizou.


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