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Fonseca pode chegar ao top 10 em 2026? Ex-campeão de Grand Slam dá sua opinião

Atualizado: 3 de jul.


João Fonseca segue fazendo história no tênis mundial. Aos 18 anos, o brasileiro tem chamado atenção no circuito ATP e sua mais recente conquista veio em Wimbledon, onde avançou à terceira rodada após vencer o americano Jenson Brooksby por 6/4, 5/7, 6/2, 6/4.


A trajetória meteórica do jovem tenista começou a ganhar destaque internacional no início de 2025, quando surpreendeu o mundo ao derrotar Andrey Rublev na primeira rodada do Australian Open, em Melbourne. O feito marcou sua estreia de forma espetacular nos Grand Slams.


Apenas um mês após a façanha na Austrália, Fonseca conquistou seu primeiro título ATP ao vencer Francisco Cerundolo na final do Argentina Open, consolidando-se como uma das principais promessas do tênis mundial.


A sequência positiva continuou em Roland Garros, onde o brasileiro alcançou a terceira rodada, estabelecendo então seu melhor resultado em Grand Slam - marca que agora iguala em Wimbledon.

João Fonseca
Foto: Arquivo
A opinião de Todd Woodbridge

Durante a transmissão da vitória de Fonseca sobre Brooksby, o comentarista Nick Lester questionou Todd Woodbridge, 22 vezes campeão de Grand Slam em duplas e duplas mistas, sobre as chances do brasileiro entrar no top 10 mundial no próximo ano.


A resposta do australiano foi cautelosa, mas otimista a longo prazo:


"Acho que vai levar dois anos para isso", afirmou Woodbridge.

O ex-tenista destacou alguns aspectos que Fonseca ainda precisa desenvolver: "Há algumas coisas para pensar. Mencionei o lado físico, ele obviamente está aprendendo como vencer partidas, mas quando você olha os placares, ele perdeu muitas partidas em que esteve bem, e elas foram longas e apertadas."


O que falta para Fonseca

Woodbridge identificou uma habilidade crucial que o brasileiro ainda não domina completamente: a capacidade de fechar partidas de forma decisiva.


"Este é um exemplo nesta partida onde ele teve muitas chances de finalizar, vencer games, break points, game points, e não conseguiu fazer isso", analisou o especialista.


Para ilustrar seu ponto, Woodbridge citou três jogadores que já possuem essa qualidade: "Olho para alguém como Alex de Minaur, que com seu estilo de jogo conseguiu tirar as pessoas das partidas, finalizar partidas rapidamente, e essa é outra habilidade que acho que ele vai aprender."


O australiano também mencionou os atuais números 1 e 2 do mundo: "É como Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, eles podem vencer, assim que conseguem controle, acabou. Acho que ele ainda não tem isso."


A matemática do top 10

Segundo Woodbridge, para alcançar a elite mundial, Fonseca precisa desenvolver essa mentalidade vencedora: "Para chegar ao top 10, você não pode dar chances aos jogadores ou espaço para respirar para voltarem às partidas; vai acontecer, mas vai levar algum tempo."


Atualmente, o brasileiro ocupa a 46ª posição no ranking ATP ao vivo, após sua vitória em Wimbledon. Ele chegou a Londres classificado em 54º lugar mundial, mostrando a evolução constante em sua classificação.


A distância para o top 10 ainda é considerável: Fonseca está 1.864 pontos atrás de Ben Shelton, atual 10º colocado do ranking mundial.


Destaque no ATP Race 2025

Uma métrica mais relevante para avaliar o desempenho de Fonseca é o ATP Race 2025, que considera apenas os pontos conquistados no ano corrente. Como o brasileiro só começou a jogar um cronograma completo do ATP em 2025, essa classificação oferece uma perspectiva mais precisa de seu nível atual.


No Race ao vivo, Fonseca ocupa a 30ª posição com 997 pontos, tendo conquistado mais pontos que todos, exceto 29 jogadores no circuito masculino desde o início do ano.


Próximos desafios

Se mantiver o ritmo atual durante o resto da temporada, o jovem brasileiro provavelmente chegará ao Australian Open de 2026 como cabeça de chave, um marco importante em sua carreira.


Por enquanto, Fonseca mantém os pés no chão e foca no presente. Sua próxima missão será enfrentar o chileno Nicolas Jarry na terceira rodada de Wimbledon, na sexta-feira, 4 de julho, em busca de uma vaga inédita nas oitavas de final de um Grand Slam.





Com informações de George Patten, do The Tennis Gazette

1 comentário

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04 de jul.
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Ele joga muito, diferenciado, mas deve levar mais tempo para ficar entre os top 10.

Parabéns pela matéria!

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