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João Soares relembra vitórias sobre Wilander e Edberg

Uma das lendas do tênis brasileiro, João Soares, ex-74º do mundo de simples e ex-top 50 do mundo nas duplas, está em Porto Alegre para a disputa da 39ª edição da Copa Yone Borba Dias, o mais tradicional evento masters do país. O torneio da categoria MT 700 conta com mais de 200 atletas de dez países.


João Soares na Leopoldina Juvenil
João Soares na Leopoldina Juvenil (Foto: Gustavo Werneck)

Em sua estreia, Soares venceu sem precisar entrar em quadra na categoria 70 anos. O adversário Caio Araújo deu WO. Seu próximo adversário será o principal favorito, o francês Serge Gresy, oitavo do ranking e ex-número 1 do mundo, na quadra 1 a partir das 10h. A rodada desta terça, terá 31 jogos nas categorias 80, 75, 70, 65, 60, 55, 45 e 40 anos.


“Muito bom voltar aqui na Leopoldina Juvenil, vim jogar aqui um Brasileirão quando tinha 12 anos, depois voltei várias vezes e a última vez foi na final contra o Roger Guedes”, lembrou. “Minha expectativa? Complicado, não é? Pegar o cabeça de chave 1. Não tenho nem ideia, só sei que ele corre muito, não cansa e nessa idade o preparo físico é importante”, comentou o atleta de 74 anos. Soares tem como objetivo fazer um calendário completo, de olho na disputa do Mundial da categoria em 2026 na Grécia.


Soares tem no currículo vitórias marcantes como profissional. Entre elas, triunfos sobre o então top 3, o americano Stan Smith, e contra os suecos Mats Wilander e Stefan Edberg, ambos ex-líderes do ranking mundial. “Eu comecei tarde, joguei com 12, parei, voltei com 17, com 21 fui para os Estados Unidos, consegui uma universidade. Nessa época, aprendi a jogar na grama, fui para a Nova Zelândia, Austrália, e no torneio de Sydney acabei ganhando do Stan Smith . Ele era cabeça 2 ou 1 do torneio e o terceiro do mundo. Com essa vitória, me deram o wild-card para o Australian Open. Meu jogo encaixava bem na grama.”


“Ganhei do Andres Gomez quando era 10 do mundo, outra vitória importante foi diante do Thomaz Koch, que era e é o nosso ídolo. Era difícil ganhar dele na época. Pouca gente ganhava dele. Ganhei do Wilander em Frankfurt, do Edberg, quando era 25 do mundo, o Wilander era 20º, ele logo em seguida ganhou Roland Garros, era molequinho, 17, 18 anos. Às vezes, meu filho escuta essas histórias, pois joga tênis, e pergunta se eu ganhei mesmo e eu falo que sim.”


O auge de João Fonseca


Soares, que administra sua academia em Campinas, destaca o potencial de João Fonseca, que acredita que chegará no auge em torno dos 23 anos, com boa chance de virar número 1 do mundo. “Eu acho que ele vai chegar, ele é diferenciado. Já tinha visto ele jogar no Rio de Janeiro uns dois ou três anos atrás. Já tinha uma pancada diferente dos outros. Ganhou Buenos Aires, não jogou tão bem no Rio, mas 2025 foi o ano de ouro dele. Ele melhorou muito a parte física, ficou mais rápido, está errando menos. Ele tem os golpes para decidir jogos. Tem 19 anos, não é? O físico dele ainda vai ficar muito bom. O nosso auge é sempre depois dos 25, 26, mas o Fonseca com 22 ou 23 será o auge dele. Acho que sim pode chegar ao número 1, o objetivo dele é esse.”

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Tatalo Osório
04 de nov.
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Ótimo texto, informativo e sucinto 👍

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