Ruud conquista seu primeiro Masters 1000
- Raphael Favilla
- 4 de mai.
- 3 min de leitura

O domingo, 4 de maio de 2025, entrou para a história do tênis norueguês. Casper Ruud, duas vezes vice-campeão de Roland Garros e um dos nomes mais consistentes do saibro nos últimos anos, finalmente quebrou o jejum e conquistou seu primeiro título de Masters 1000 ao derrotar o britânico Jack Draper na final do Madrid Open, com parciais de 7/5, 3/6 e 6/4.
A vitória veio em uma partida marcada por altos e baixos, reviravoltas e muita emoção. Ruud, que já havia batido na trave em finais de Masters 1000 em Miami (2022) e Monte Carlo (2024), mostrou resiliência para virar o primeiro set, resistir à reação de Draper no segundo e fechar o jogo com autoridade no terceiro.
O norueguês, que lidera a ATP em vitórias (125), finais (18) e títulos (12) no saibro desde 2020, agora pode, enfim, exibir um troféu de Masters 1000 em sua galeria.
Jack Draper, por sua vez, mostra que é uma das grandes promessas do tênis britânico e mundial. A campanha em Madri, chegando à final sem perder sets e batendo nomes fortes, o coloca em novo patamar e o credencia como candidato a títulos importantes no futuro próximo.
Como foi a final
O início foi complicado para Ruud, que sofreu uma quebra logo no terceiro game e viu Draper sacar para fechar o set em 5/4. Mas o britânico sentiu a pressão, perdeu o ritmo e permitiu a virada: Ruud venceu quatro games seguidos e fechou o set em 7/5. No segundo set, Draper se reagrupou, jogou de forma mais sólida e praticamente não cometeu erros, empatando a partida ao vencer por 6/3.
No set decisivo, Ruud elevou o nível do saque, subiu o aproveitamento de 53% para 73% e salvou dois break-points cruciais. Draper, por sua vez, cedeu seis oportunidades de quebra e acabou punido no quinto game, quando Ruud conseguiu a vantagem que seria decisiva para o título.
Mesmo com menos bolas vencedoras (40 a 43) e mais erros não forçados (22 a 14) que Draper, Ruud foi mais eficiente nos momentos-chave e venceu 64% dos pontos com o saque, contra 63% do britânico.
Fatos e contexto histórico
Ruud se torna o primeiro norueguês a conquistar um Masters 1000 e o terceiro escandinavo a vencer um título desse porte no saibro, seguindo os passos de Stefan Edberg (Hamburgo 1992) e Magnus Norman (Roma 2000) ATP Tour.
Os dois finalistas chegaram à decisão sem perder sets durante o torneio, algo raro em Masters 1000 nos últimos nove anos.
Draper, apesar da derrota, alcançará o melhor ranking da carreira, entrando no Top 5 mundial e se tornando o segundo canhoto a atingir essa marca neste século, ao lado de Rafael Nadal ATP Tour.
Ruud já havia sido vice em dois Masters 1000 e em duas finais de Roland Garros, perdendo para Nadal e Djokovic, e agora entra definitivamente no seleto grupo dos grandes campeões do circuito CNN Brasil.
Para Ruud, o título representa a consagração de uma carreira marcada pela regularidade e pelo trabalho duro no saibro. O norueguês, que já era considerado um dos melhores do mundo na superfície, agora tem um troféu de peso para comprovar sua qualidade. A conquista também o recoloca no Top 10 do ranking e o coloca entre os favoritos para Roland Garros, onde já foi vice-campeão duas vezes.
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