Djokovic se isola como maior campeão em quadras duras da história, e desiste do Finals
- Raphael Favilla

- 8 de nov.
- 3 min de leitura
Novak Djokovic segue brilhando no circuito mesmo aos 38 anos de idade. Neste sábado, ele conquistou seu segundo título da temporada e o 101º da carreira, ao derrotar Lorenzo Musetti na final do ATP 250 de Atenas.
Cabeça de chave número 1, o sérvio venceu de virada o italiano por 4/6, 6/3 e 7/5, em uma batalha de três horas de duração.

Com a conquista, Djokovic superou mais uma marca de Roger Federer e se isolou como o maior campeão em quadras duras da Era Aberta, com 72 títulos, um a mais do que o suíço.
O sérvio agora tenta se aproximar de Federer também no número total de conquistas. O ex-número 1 tem 103 troféus, e depois pode mirar o recordista Jimmy Connors, dono de 109 títulos no circuito.
O mais velho campeão desde Ken Rosewall
Aos 38 anos e 5 meses, Djokovic se tornou o mais velho campeão de torneio da ATP desde Ken Rosewall, que venceu Hong Kong em 1977, aos 43 anos.
Desde 1990, apenas Gael Monfils (38 anos e 4 meses) e Roger Federer (38 anos e 2 meses) haviam vencido em idade tão avançada, mas o sérvio superou ambos ao levantar o troféu em Atenas. Ele já havia sido o terceiro mais velho campeão do circuito em 2025, após a conquista em Genebra.
Musetti amarga sexta final seguida sem título
A derrota deste sábado foi dura para Lorenzo Musetti, que chega à sexta final consecutiva perdida e não conquista um troféu desde 2022, quando venceu os ATPs de Hamburgo e Nápoles.
O revés em Atenas amplia o jejum e ainda custou caro ao italiano: se fosse campeão, ele superaria o canadense Félix Auger-Aliassime e ficaria com a última vaga no ATP Finals, em Turim.
O jogo
Djokovic começou a partida sem o mesmo rendimento de saque que apresentou nas rodadas anteriores. No primeiro set, ele venceu apenas 61% dos pontos com o serviço, e Musetti aproveitou para pressionar.
O italiano conseguiu uma quebra no terceiro game e quase repetiu o feito no quinto, quando Djokovic salvou um break-point. A vantagem inicial, porém, foi suficiente: Musetti controlou o placar, teve 75% de aproveitamento nos serviços, perdeu apenas sete pontos em todo o set, e fechou em 6/4, abrindo 1 a 0 na decisão.
No segundo set, o sérvio reencontrou seu melhor nível de saque. Com 88% de aproveitamento nos serviços e cedendo apenas três pontos em toda a parcial, Djokovic recuperou o controle da partida.
A quebra decisiva veio no oitavo game, e ele ainda salvou um break-point no nono para empatar o confronto em 1 set a 1, vencendo por 6/3.
A decisão foi marcada por tensão e oscilações. Djokovic quebrou logo no terceiro game e parecia pronto para deslanchar, mas Musetti reagiu no sexto, aproveitando dois break-points e empatando em 3/3.
O sétimo game foi longo e disputado, com o sérvio pressionando novamente. Ele perdeu dois break-points, mas converteu o terceiro para recuperar a vantagem.
Sacando para o jogo em 5/4, Djokovic foi quebrado, mas manteve o foco: devolveu o break imediatamente e confirmou o serviço em 6/5, selando a vitória e mais uma conquista para a sua extensa coleção.
Desistência do Finals
Pouco tempo depois do título em Atenas, Djokovic repetiu o que fez na temporada passada e acabou desistindo do ATP Finals. Ele alegou problemas no ombro para abdicar de sua participação em Turim neste ano.
Vítima do sérvio na final deste sábado, Lorenzo Musetti viu a vaga que acabara de deixar escapar, uma vez que se classificaria em caso de título, voltar para suas mãos com a ausência de Djokovic. Agora, o cazaque Alexander Bublik é o primeiro reserva.
Recordista de títulos no ATP Finals, com sete conquistas, o sérvio abdica de sua participação no torneio pela terceira vez na carreira (também não foi em 2017). Atual número 4 do mundo, ele tem sua vaga no top 5 ameaçada, apesar da vantagem confortável.
Djokovic tem no momento 850 pontos de vantagem para Ben Shelton, 885 pontos para Taylor Fritz e Alex de Minaur, 972 para Félix Auger Aliassime e 1.020 para Musetti. Dificilmente dois deles conseguirão superar o sérvio ao mesmo tempo.
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Impressionante a força mental do melhor da História do Tênis Mundial! Continua se superando nas quadras e fora delas, através da sua atuação na área da Filantropia! NOLE merece aplausos e respeito! O céu é o seu limite!