Tênis de mesa brasileiro em alta: Mundial de 2029 no Rio e Calderano entre os maiores
- Raphael Favilla
- 28 de mai.
- 2 min de leitura

O tênis de mesa brasileiro nunca esteve tão em evidência. O anúncio oficial de que o Rio de Janeiro sediará o Campeonato Mundial de Tênis de Mesa em 2029 marca um divisor de águas para a modalidade no país e em toda a América Latina. Será a primeira vez, desde a criação do torneio em 1926, que o Mundial desembarca no continente, colocando o Brasil definitivamente no mapa do esporte de raquete mais popular do planeta fora do tênis tradicional.
A confirmação veio nesta terça em Doha, no Catar, onde o brasileiro Hugo Calderano fez história ao conquistar a medalha de prata, a primeira de um latino-americano em um Mundial de simples. Calderano, atualmente número 3 do ranking mundial, já havia vencido a Copa do Mundo em Macau, na China, um mês antes, consolidando-se como o maior nome do tênis de mesa fora do eixo Ásia-Europa.
A capital fluminense venceu a concorrência de Berlim, na Alemanha, a China, com a cidade indefinida, e San José, nos Estados Unidos, para garantir a realização da competição. O Rio de Janeiro liderou as três rodadas de votação e a eleição foi confirmada com a vitória sobre a China na última delas, por 131 votos a 68.
A apresentação para a Assembleia Geral da ITTF recebeu inúmeros elogios. Com cerca de 12 minutos de duração, os gestores puderam ter uma "imersão" na cultura carioca e ainda viram depoimentos do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco La Porta, e do astro brasileiro Hugo Calderano.
"Realizaremos o maior Campeonato Mundial de todos os tempos. O Brasil tem desbravado fronteiras no tênis de mesa, graças a um trabalho muito sério da CBTM, dos treinadores, dos atletas e de toda a comunidade do esporte no país. O Rio estará de braços abertos para receber o mundo mais uma vez", afirmou o presidente da CBTM Vilmar Schindler.
"Pela primeira vez, o Campeonato Mundial de tênis de mesa virá para as Américas. E tinha que ser para a Cidade Maravilhosa, para a nossa capital olímpica. Agradecemos a confiança da ITTF e da comunidade internacional do tênis de mesa. Faremos um campeonato inesquecível", disse o assessor especial Alaor Azevedo.
O momento é de ascensão para o tênis de mesa brasileiro. Além de Calderano, Bruna Takahashi também brilhou em Doha, tornando-se a primeira mulher do país a chegar às oitavas de final do Mundial. O desempenho dos atletas nacionais reflete o investimento e a estruturação promovidos pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), que em 2024 já organizou 29 competições nacionais e três internacionais, incluindo etapas do WTT Contender, fundamentais para o ranking olímpico.
O impacto para o esporte brasileiro é gigantesco. Receber o Mundial em 2029 não só coloca o país no centro das atenções do tênis de mesa global, mas também deve impulsionar ainda mais o desenvolvimento da base, a formação de novos talentos e o interesse do público e de patrocinadores. Como destacou a CBTM, “o Brasil segue fazendo história no tênis de mesa”, e a expectativa é de que a geração Calderano inspire uma nova leva de atletas a sonhar alto.
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